LGBTQIAP+ do litoral leste cearense participam de Oficina preparatória para o I Encontro LGBTQIAP+ da Zona Costeira do Ceará

Estamos vivas e assim permaneceremos cortante na pele daqueles que não nus respeitam. Seremos vento forte, ruído ensurdecedor em seus ouvidos mal-intencionado que só ouvem sobre nós o que querem. Vamos estourar seus tímpanos!

Hoje (17/05), dia Internacional da luta contra a LGBTQIAPN+fobia, anunciamos a segunda oficina preparatória para o I Encontro LGBTQIAP+ da Zona Costeira do Ceará. O evento vai acontecer em Fortaleza, dos dias 19 a 21/05, reunindo sujeites da capital e do litoral leste (Aracati e Batoque).

A proposta do encontro é promover um debate social, político e formativo sobre a realidade local LGBTQIAP+ construindo possibilidades de pautas e lutas, bem como, mobilizar LGBTQIAP+ para participarem do I Encontro LGBTQIAP+ da Zona Costeira do Ceará: Acuendando resistências para enfrentar a LGBTQIAP+fobia. A primeira oficina regional preparatória aconteceu no dia 29 de abril, em Caetanos de Cima/ Amontada (CE).

A poesia “ Em silêncio” de Romária Holanda, abriu com muito “barulho” o encontro. O trecho acima, nos remete ao não reconhecimento das diversidades que compõem os corpos nos territórios costeiros – uma tentativa de apagamento e silenciamento.

Durante a primeira oficina, es convidades trouxeram suas insatisfações e reconheceram que mesmo com o avanço nas discussões sobre sexualidade e gênero, os temas ainda são vistos como um tabu. “Vivenciamos diversos tipos de mortes cotidianamente: do corpo, a morte simbólica, da não escuta, dos lugares que não são “dados”, disse uma das participantes. Helena Soares de Caetanos de Cima, ressalta a importância da construção de espaços como esse (a oficina) na Zona Costeira, “existem diversos movimentos (terra, mar, rio, etc), mas ainda não tem coletividade fortalecida das LGBTQIAP+”. Rogéria Rodrigues, uma das coordenadoras da Terramar, levantou o seguinte debate: Como as LGBTQIAP+ são atravessadas pelos conflitos socioambientais dos territórios? Muitas encontraram dificuldades em fazer essa avaliação, diante da ausência desse debate que cruze vivências LGBTQIAP+ com as lutas territoriais e da invisibilidade das vozes dissidentes em seus territórios. No encontro, estiveram presentes: Coletivo Diversas, Instituto Terramar, Povo Tremembé da Barra do Mundaú e Praia da Baleia.

Esse primeiro momento preparatório foi muito importante para o encontro geral. E a próxima oficina, agora com as LGBTQIAP+ do leste da Zona Costeira, está super perto! Vem ver as fotos da oficina passada e aguarde os relatos da próxima.