quem vende também perde!

 

 

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#PraTodosVerem

  1. Campanha contra a comercialização de terras na Zona Costeira do Ceará 

Quem vende também perde!

  1. Perde o lugar de moradia

Terra é vida, casa e produção. É onde se mora e se cultiva, se cria animais e se desenvolve afeto. A venda de terras destrói tudo isso, do local de viver à memória afetiva: você perde a casa e sai de perto dos seus. Além disso, o retorno financeiro da venda de terras não dá condições para que a pessoa saia da comunidade e se restabeleça em outro local.

  1. Migração forçada

Que alternativa resta para as pessoas e famílias que optaram por vender suas terras? Muitas vezes, a única opção é deixar o território para viver em outro espaço. Uma das principais consequências disso é a imposta mudança dos modos de vida: práticas que antes eram cotidianas, como a possibilidade de colher o próprio alimento do quintal ou andar tranquilamente a pé pela comunidade, vão se tornando impossíveis.

  1. Dificuldade de se restabelecer em outros lugares

Comumente, a migração de quem vende terras é para as periferias dos grandes centros urbanos, onde as pessoas encontram condições de vida piores que aquelas que deixaram para trás. Problemas inexistentes ou com bem menos intensidade nas comunidades, também passam a fazer parte do cotidiano de quem migra, como o desemprego estrutural, a violência urbana e a dificuldade de locomoção típica das cidades.

  1. Impacto sobre a juventude

A escolha de vender um pedaço de terra traz consequências de longo prazo: não é só a pessoa adulta que hoje tomou essa decisão que sofre, mas as próximas gerações são diretamente afetadas ao perder também seu território e a possibilidade de nele construir sua moradia, sua existência e seus afetos.

  1. Extinção da diversidade cultural

Essa perda, na verdade, não é só de quem vende, mas de toda a sociedade. No país continental que é o Brasil, uma das maiores riquezas é a variedade cultural de nossos povos. O que seria do Ceará sem a renda de bilro, o artesanato de palha de carnaúba ou de conchinhas, a peixada e a tapioca? Essas e outras manifestações típicas dos povos da Zona Costeira ficam comprometidas no momento em que o território deixa de dar espaço a comunidade para ser local de veranistas e grandes empreendimentos. E assim, no futuro, o que teremos para contar nossas histórias?