Formação em rádio comunitária tem última etapa
Na última etapa de formação em rádio comunitária, realizada nos dias 28 e 29 de outubro, jovens das comunidades de Tatajuba, Caetanos de Cima e Assentamento Maceió se encontraram para, mais uma vez, construir debates e técnicas sobre o assunto. A série de oficinas facilitada pela jornalista Amanda Nogueira teve início em setembro e foi subsídio para a implantação de três rádios comunitárias itinerantes previstas no projeto Tucum – Tecendo Comunicação Solidária, realizado pelo Instituto Terramar com apoio do Instituto Oi Futuro através do Programa Oi Novos Brasis.
Confira aqui a playlist das produções das oficinas
O encontro foi sediado no Assentamento Maceió, que manteve o espírito das outras oficinas baseado em solidariedade e valorização das experiências comunitárias. “A gente acolheu [nas casas] os outros jovens das outras comunidades, no caso Caetanos e Tatajuba. O espaço que a gente escolheu [a sede da Associação dos Produtores e Produtoras de Algas do Maceió (ACALMA)] foi um espaço de formação e encontro da comunidade do Maceió”, explica Val Pinto, jovem do Maceió que esteve a frente da organização e construção do evento.
Dessa vez, os conteúdos abordados se voltaram para as possibilidades criativas do rádio. Assim, radiodrama, sociodrama e spot foram objetos de reflexões e produção durante a oficina. Ademais, uma entrevista com Francisco Gaspar dos Anjos, conhecido no local como Chico Neusita, repassou as técnicas e resgatou a experiência da Rádio Humaitá, uma rádio comunitária que existiu no Assentamento Maceió e foi fechada há alguns anos.
A rádio nas comunidades
O acesso aos equipamentos previsto no projeto Tecendo Comunicação Solidária, além fortalecer a comunicação no turismo comunitário, potencializa outras ações comunitárias que já estão em curso. “A rádio itinerante, na comunidade de Tatajuba, acho que vai ser bem legal, porque estamos vivendo o processo da Reserva Extrativista, então a gente vai estar divulgando isso”, conta Gilmara Santos, uma das jovens de Tatajuba que participou das formações.
Valorizando a troca de experiências, Beatriz Goes, da Prainha do Canto Verde, participou das oficinas ainda que o projeto não contemplasse sua comunidade, pois lá também está sendo implantada uma rádio comunitária. “Se já existe comunicação na comunidade, a rádio só vai ajudar. E se não existe, ela vai fazer com que as pessoas comecem a ouvir mais sobre o que acontece na comunidade e também trazer assuntos de fora para a comunidade”, ela reflete.